domingo, 25 de outubro de 2009

I JEPEX - UAG

Boa tarde pessoal, tudo bem?

Na próxima terça-feira (26/10/2009) terá inicio o JEPEX da UAG, espero que todos participem, assistindo a apresentação de trabalhos , mostrando seus trabalhos e claro participando da oficina "Artes Visuais: pintando na UAG" da qual serei juntamente com a Professora Vitória o coordenador desta oficina que vai ser um sucesso. Aguardo todos vocês.
Abraços
Sidney Peterson

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O casamento pelo dinheiro

Hoje aqui vim lhe falar
Dessa vida tão ingrata
Uns nascem com tudo
E outros não nascem com nada

Aqui nessa vida ingrata
Já passei de tudo um pouco
Já fiz minha cunhada
Até se casar com outro

A gente tava passando
Tanta necessidade
Que ela acabou se casando
Sem querer e sem vontade

O marido era tão rico
Que eu queria aproveitar
O danado do marido
Só fez foi enganar

Tinha ouro, tinha prata
De repente sumiu
Quando pensei que tava rica
O danado escapoliu

E eu aqui vô terminando
Essa historia entronchada
Que conto um pouco minha vida
E da minha eterna cunhada.

domingo, 11 de outubro de 2009

O Curso de Pedagogia da UFRPE tirou nota 5 no ENADE

SEMANA DO PROFESSOR
Eles ensinam o que não aprenderam
Publicado em 11.10.2009
Resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) revela as carências da formação de docentes no interior pernambucano

Margarida Azevedo

mazevedo@jc.com.br

Sete docentes da Faculdade de Formação de Professores de Petrolina, no Sertão do Estado, pediram demissão no último ano. O doutor em letras Bruno Siqueira, 34 anos, aguentou um ano e meio. Em tão pouco tempo, decepcionou-se com o que encontrou. Abriu mão da vaga no serviço público estadual, depois de constatar a dificuldade de realizar um bom trabalho na instituição, ligada à Universidade de Pernambuco (UPE). Seu desabafo é o mesmo de outros colegas de faculdades públicas do Estado. O resultado de Pernambuco no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) do ano passado, divulgado recentemente pelo Ministério da Educação (MEC), revelou a preocupação de Bruno: as faculdades de formação de professores, com poucas exceções, não preparam bons profissionais. Na semana em que se comemora o Dia do Professor, o JC mostra um grave problema: os futuros docentes chegam às salas de aula da educação básica sem ter aprendido, na educação superior, o que deveriam ensinar.

No Estado, mais da metade dos cursos de educação nas instituições públicas avaliadas no Enade tiraram notas baixas. Das 67 graduações em pedagogia e licenciaturas participantes, 38 tiveram notas 1 ou 2, consideradas as piores. Realidade que não está restrita às faculdades públicas. As entidades privadas também apresentaram médias baixas. No Brasil, dos 763 cursos de pedagogia avaliados, entre públicos e particulares, somente 32 (menos de 10%) alcançaram a nota máxima, 5. Neste grupo está a Universidade Federal Rural de Pernambuco. O Enade é uma avaliação aplicada todos os anos pelo MEC em diferentes áreas de conhecimento. Participam alunos que estão ingressando e outros que estão concluindo a universidade. O conceito Enade leva em conta apenas o desempenho dos concluintes. Vai de 1, o mais fraco, a 5, o melhor.

Currículos defasados, pouca relação entre teoria e prática, estágios sem acompanhamento correto e infraestrutura deficiente são ingredientes que fragilizam a formação de quem atuará como educador. “Na UPE, as faculdades funcionam como uma extensão do ensino médio. Nossa formação está mais para educação básica do que superior. Tem que haver prioridade para investimento nas licenciaturas”, ressalta o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Divonaldo Barbosa, ex-aluno da UPE de Petrolina e atualmente aluno da unidade da UPE de Nazaré da Mata.

Para a coordenadora do curso de letras de Petrolina, Maria Aparecida Brandão, um dos maiores problemas é a carga horária extensa que os docentes precisam encarar. “Isso inviabiliza a pesquisa e a extensão. Há um professor substituto, por exemplo, que está com sete disciplinas este semestre”, conta. A vice-diretora da faculdade, Leilyane Coelho, reconhece os problemas, mas diz que medidas estão sendo tomadas para melhorar a qualidade dos cursos. Um prédio em construção, com previsão de conclusão no próximo ano, deverá sanar as dificuldades de infraestrutura. Também está em andamento um concurso para preencher 19 vagas de docentes e novos livros para o acervo da biblioteca serão adquiridos.

AUTARQUIAS

Em Serra Talhada, também no Sertão, Gláucia Carvalho, 30, cursa o penúltimo ano de licenciatura em matemática. Na instituição em que estuda, a Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada, há laboratório de matemática. Mas Gláucia entrou lá apenas uma vez para ter aula prática, embora esteja no sexto período. O curso tem oito semestres. “Acho deficiente a parte prática do curso, deixa muito a desejar. Mas acredito que a boa formação não depende só do professor ou da faculdade. Tem que haver também interesse do aluno”, diz Gláucia, que mora na cidade vizinha de São José do Belmonte.

A instituição ficou com três notas baixas no Enade – 1 em letras, 1 em matemática e 2 em história. “Contratamos uma consultoria para saber o que aconteceu. Mas nunca recebemos visita do MEC. Também não tivemos nenhuma orientação. Temos boa estrutura física e professores comprometidos com o ensino”, assegura o coordenador pedagógico da instituição de Serra Talhada, José Edmar Bezerra Júnior. A faculdade tem cerca de 1.400 alunos e atende a maioria dos municípios do Sertão do Pajeú.

Na UFPE, uma mudança no currículo das licenciaturas deve melhorar a prática dos alunos. A carga horária de estágio obrigatório dobrou, passando de 400 horas-aula para 800. Outra medida foi reduzir o número de alunos por turma, para que o professor possa orientá-los melhor. Em vez de 60, agora são 30. “Estamos realizando também um cadastro das escolas que recebem nossos alunos para estagiar. O controle do estágio está mais rigoroso”, conta a coordenadora das licenciaturas, Fátima Cruz. A UFPE ficou com nota baixa em geografia (2).

XV ENCONTRO DA REMIC

remic 1

Caros profissionais e museus e instituições culturais,

O XV ENCONTRO DA REMIC será no IAC, Instituto de Arte Contemporânea, que fica na Rua Benfica, em frente à Faculdade FAMA.

no IAC discutiremos sobre Mediação Cultural enfocado nas crianças. Para isso envio um link abaixo e um anexo desse link já com o artigo.

Informo também que como não conseguimos fazer alguma eleição para formar uma equipe, ficarei com essa responsabilidade até o mês de dezembro seguindo com o cronograma dos encontros. Apesar disso, tivemos alguns acréscimos na equipe. Além de eu e Gleyce Kelly Heitor, contamos com a presença de Manoela Lima que ajudará na divulgação.

XV ENCONTRO DA REMIC

IAC – Instituto de Arte Contemporânea

Rua Benfica,

Madalena

9h às 12h

19 de outubro de 2009

Temática: Mediação Cultural

Artigo: “Dinâmicas de aprendizagem nos museus: a mediação” Maria do Rosário Palma de Melo Azevedo (Mrazevedo@gulbenkian.pt) Museu Calouste Gulbenkian - serviço educativo. (http://www.rede-educacao-artistica.org/docs/m_red/Maria%20do%20Rosario%20Azevedo_DINAMICAS%20%20DE%20%20APRENDIZAGEM%20%20NOS%20%20MUSEUS.pdf)

Abraços a todos,

Prof. Anderson Pinheiro
Articulador Rede de Educadores em Museus - PE
[http://www.rem-pe.blogspot.com/]
[www.dialogosentrearteepublico.blogspot.com]

"Não importa se teremos tempo suficiente para ver mudadas as coisas e pessoas pelas quais lutamos, mas sim que façamos a nossa parte de modo que tudo se transforme ao seu tempo."

Vamos comemorar o Dia da Criança com Arte/Educação

Equilíbrio
10/09/2008 - 11h19

Aulas de arte desenvolvem memória e auto-estima das crianças

FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S.Paulo

Valentina Vandelli tem seis anos e adora fazer arte --com lápis, papel, tintas e caixas, muitas caixas. "Ela me pede que guarde todas as caixas de sapatos e as transforma em bonecos, casinha com divisórias... Desde pequena, ela é assim: inventa milhões de coisas, tem muita sensibilidade e criatividade", conta a mãe, a publicitária Fernanda Vandelli, 36.

Veja o especial Mães e Filhos

A menina tem aulas de educação artística na escola e, nas férias de julho, freqüentou uma escolinha de artes. Agora, na volta às aulas, a mãe quer matriculá-la em outro curso.

Eduardo Knapp/Folha Imagem
A garotinha Vitória Torolho, 2 anos, em aula de artes plásticas para crianças na escolinha infantil Lugar de Arte, em Barueri (SP)
A garotinha Vitória Torolho, 2 anos, em aula de artes plásticas para crianças na escolinha infantil Lugar de Arte, em Barueri (SP)

Fernanda diz que sempre leva suas duas filhas a exposições e incentiva o trabalho artístico com elas. "Acho fundamental para desenvolver a sensibilidade. As crianças de hoje esquecem o lado lúdico da vida, o prazer de trabalhar com as mãos."

De fato, especialistas afirmam que a arte tem um papel essencial na infância. "É um dos recursos que temos para pensar e agir sobre a realidade. É do ser humano fazer arte. É importantíssimo que a criança tenha esse contato desde cedo", diz Maria Christina Rizzi, coordenadora do ateliê de arte para crianças do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicação e Artes da USP (Universidade de São Paulo).

Entre os benefícios listados por educadores, estão o desenvolvimento dos sensos crítico e estético, da criatividade, da curiosidade e da auto-estima.

E, segundo um estudo recente, os ganhos ultrapassam os domínios do meio artístico, ajudando em outros campos. Realizado pela Dana Foundation, instituição filantrópica americana dedicada a pesquisas sobre o cérebro, o projeto, chamado "Learning, Arts and the Brain" (aprendizado, arte e o cérebro), reuniu neurocientistas de universidades como Harvard e Stanford com o objetivo de descobrir por que o trabalho com arte tem sido associado a um melhor desempenho acadêmico.

Segundo os resultados preliminares, crianças motivadas para as artes desenvolvem habilidades de atenção e estratégias de memorização que ajudam em outras áreas.

O estudo mostrou que há ligações entre a prática de música e habilidades relacionadas às memórias de curto e de longo prazo, à representação geométrica e ao domínio da leitura. Sugeriu, ainda, que atuar em teatro melhora a memória e que a dança torna os alunos mais observadores.

"A arte é importantíssima para o desenvolvimento infantil, inclusive no aspecto cognitivo. A criança aprende melhor outras matérias: matemática, inglês, português, ciência", confirma a pós-doutora em arte-educação Ana Mae Barbosa, professora do mestrado em design da Universidade Anhembi Morumbi e única latino-americana que já presidiu a InSEA (sociedade internacional para a educação por meio da arte, na sigla em inglês).

Ela diz, porém, que é preciso tomar cuidado com a forma de trabalhar a arte. Não se trata, por exemplo, de mandar a criança preencher formas prontas. "Não adianta dar a ela um desenho do coelhinho para colorir. É preciso promover a inventividade, a descoberta, dar papéis grandes para que os limites sejam amplos."

E, nessas horas, o importante é deixar a criança livre para criar. "Ficar falando que ela deve fazer de um jeito ou do outro não tem sentido. O universo da arte é o da metáfora. Não tem certo e errado", diz Rizzi.

Apreciação

Eduardo Knapp/Folha Imagem
Andreas Oliveira, 2, na escola Lugar de Arte, em Barueri (SP); especialistas afirmam que arte tem papel essencial na infância
Andreas Oliveira, 2, na escola Lugar de Arte, em Barueri (SP); especialistas afirmam que arte tem papel essencial na infância

Mas não basta a criança pôr a mão na massa. É recomendável ir além da prática e falar sobre arte com ela. "O fazer deve ser associado à apreciação. Ainda mais com o atual bombardeio de imagens promovido pela internet, é preciso treinar o senso crítico para a leitura de imagens", diz Rejane Galvão Coutinho, professora do Instituto de Artes da Unesp (Universidade Estadual Paulista). Isso inclui, por exemplo, levar a criança a exposições e peças, mostrar obras feitas com um tipo de material e conversar sobre o sentido que ela dá ao que vê.

Lucília Franzini, coordenadora da escola infantil de artes Grão do Centro da Terra, conta que convida artistas para que compartilhem sua experiência com os alunos. "É importante partir de obras que já existem para que a criança amplie seu universo perceptivo e, a partir daí, crie do seu jeito."

Na escola, as aulas de artes visuais, música e teatro são integradas. "É muito rico. Há uma tendência a separar as linguagens, mas nossa vida não é fragmentada e a criança não pensa assim", diz Franzini.

Já no Atelier Arte Expressão da Escola Viva, as oficinas são separadas. A coordenadora, Leila Bohn, diz que está atenta à integração, mas "sem forçar a barra". "Deixamos as conexões acontecerem naturalmente. Por exemplo, uma turma de música compõe algo para outra de circo. Junções nesse sentido são bem-vindas, sem que precisem ocorrer a qualquer custo."

Para Coutinho, trabalhar de forma integrada é produtivo principalmente para crianças de seis, sete anos. "Depois, é natural que elas queiram se aprofundar em uma técnica."

Segundo Ana Mae Barbosa, o importante é que todas as áreas tenham o mesmo paradigma. "Não podemos ensinar música por um método em que cada criança fica sozinha no violino e pintura por outro totalmente integrativo, incoerente."

Música

Entre os estudos que listam os benefícios da educação artística, os que focam na música estão entre os mais numerosos. Às evidências relacionadas ao aproveitamento escolar, o compositor Hermelino Neder, educador musical na St. Nicholas School e no Colégio Vera Cruz, acrescenta outras conquistas que vê no dia-a-dia.

Segundo ele, por se tratar de uma atividade ritualística e ancorada no compasso, a música exige coordenação motora e desenvolve a capacidade de trabalhar em grupo. "Em uma classe que canta ou brinca de roda coletivamente, cria-se uma atmosfera de trabalho muito boa", afirma.

Ele diz ainda que a música ajuda os alunos menores a desenvolver a fala e a ampliar o vocabulário. "Ao cantarem e ouvirem várias vezes as mesmas palavras, eles se familiarizam com o padrão da língua, seja a sua, seja uma estrangeira."

Segundo Neder, enquanto na infância funciona bem trabalhar com atividades como canto e percussão corporal, adolescentes preferem se aprofundar em um instrumento.

Ana Mae Barbosa considera uma pena que muita gente interrompa o trabalho com arte na adolescência, em parte porque muitas escolas focam só no vestibular e vêem a atividade como supérflua. "O adolescente vive uma fase muito rica, de crise, de transformação. A arte pode ajudar a dar sentido ao que ele pensa e sente."

Para Christina de Luca, coordenadora pedagógica da escola Lugar de Arte, mesmo colégios para crianças menores acabam deixando a arte em segundo plano. "Mas acredito plenamente que vale a pena. Por meio da arte, a criança aprende a trabalhar melhor em sociedade, a ser curiosa, ganha auto-estima. Não é perda de tempo."

As idades da arte
As crianças passam por diferentes fases em relação ao desenvolvimento gráfico. Com as ressalvas de que nem todas elas vão de uma etapa para a outra na mesma época e de que fatores socioculturais também influenciam, conheça algumas características de cada fase.

Dos 2 aos 4 anos
A criança faz rabiscos desordenados, traços feitos ao acaso que se tornam, aos poucos, mais organizados. Sente muito prazer na atividade, ainda mais se tiver por perto um adulto interessado nos rabiscos

Dos 4 aos 7 anos
Começam as primeiras tentativas de representação. A criança aprende a desenhar esquemas de objetos aprendidos em sua cultura, dispostos desordenadamente no papel. Em geral, gosta de mostrar sua obra aos adultos e precisa de incentivo

Dos 7 aos 9 anos
A criança domina signos culturalmente compartilhados, como homem, casa, sol e árvore, e compõe cenas. É nessa fase que surge uma característica dos desenhos infantis: os objetos retratados são dispostos numa linha reta, na margem inferior do papel

Dos 9 aos 12 anos
Os desenhos passam a ser muito mais detalhados e menores. A criança se torna mais autocrítica em relação à sua produção, buscando representar a realidade. Entre os 11 e os 12 anos, passa a se preocupar com noções de proporção e profundidade

Fontes: "Desenvolvimento da Capacidade Criadora", de V. Lowenfeld e W. L. Brittain (ed. Mestre Jou); REJANE GALVÃO COUTINHO, professora do Instituto de Artes da Unesp

Colaborou JULLIANE SILVEIRA, da reportagem local.

Reportagem publicada no suplemento "Equilíbrio", da Folha de S.Paulo, em 7 de agosto de 2008.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Galerinha lunatica luluzinha da uag que arrasa em qualquer lugar





E foi num caminho da vida que eu encontrei essas meninas. Foi num "xeru", numa lágrima perdida, que entendi o valor das minhas amigas...


Tem uma ciumenta e possessiva, que me dá animo e coragem nessa vida, que não pára quieta; senhora relaxe várias vezes nessa terra de Roberta. Outra quieta e risonha que anda sempre dando a mão a seus amores e amigos, é Yalle no coração.


Outra que ainda sonha quieta e quer casar, com meu cunhado Neto, uma casa vai montar, cheia de filhos Andrezza vai estar e eu vou ser a madrinha junto com as minas que arrasam nesse lugar! Tem a minha amiga Teco que me faz rir e lembrar dos desenhos de Tico & Teco que nos fazem rir e até chorar, ela é minha metade e minha intuição desnorteada, mandando recados, que chegam até a assustar, essa é Elynn Lua, a pitty star...


Amigas que eu encontrei num desencontro; Que longe delas não sei ficar. É por causa delas que todo dia eu volto pra esse lugar. É por elas ainda que sinto minha alma brilhar e um sorriso sincero brotar. Amigas de verdade e que eu não tenho vergonha de amar e de dizer que no meu coração sempre vão estar!


by: Raquel Emanuele

O poder "moiado"

O poder que a água tem,
é aquele que vem e "móia",
faz muita gente que tinha ido
depressa vim "simbora".
Basta um pingo ter caído,
que traz o povo de lá pra cá,
o pior é quando o poder,
faz até vaca boiá.
Daí, de novo a água"móia"...
móia o rosto da gente...
é água que sai dos "zóio",
de tristeza ou de contente.
É água para todo lado,
um poder desgraçado...
Já "moiô" tudo! Que arretado!!
Esse é poder "moiado".
Mas depois vem o solzão...
Todo bravo, valentão...
Amargurar a vida no sertão,
E tirar do meu povão...
A esperança que a água "móia"!


Elynn C. Custódio Fonsêca
3º Período - Pedagogia.
UFRPE - UAG

domingo, 4 de outubro de 2009

Lendo sobre: História, Arte e Memória

Olá Pessoal,
Em meio as minhas leituras sobre História, Memória e Cultura cruzar com a Arte é deliciosamente inevitável...perco-me por esses cruzamentos e deixo minhas ideias, simplesmente irem...voarem....e o mais importante desses voos é porque nunca voamos sozinhos.. por isso mando pra vocês esse fragmento do livro que estou lendo agora: Cinema: a arte da memória (Milton José de Almeida). Espero que gostem tanto quanto eu ou sirva para boas discussões.

"... A arte não é uma ruína, um despojo, um objecto que possa ter validade por si. Enquanto arte, ela só existe se for investida desse significado por aqueles que a olham, ou a escutam. Pode haver artes feitas no passado, mas não podem existir artes passadas porque cada presente as reconstrói.
Quem vê uma obra de arte enriquece-se nessa visão ao receber, com a imagem de si próprio, a miríade de imagens de quem nela se olha e se olhou, e a imagem da grande matriz que algum dia se reflectiu na obra a que deu luz. E já não nos vemos a nós, mas a nós no mundo, ou quem sabe se ao mundo em nós. Se a alienação é, para os marxistas, a existência fora da história ou - o que vem a dar exactamente no mesmo - se o demónio reside para Dostoyevsky na mediocridade alheia às grandes pulsões do Bem e do Mal, nada mais exacto então do que definir alienação e inferno como uma vida sem arte. Essa seria uma vida sem percursos no tempo, e se alguma criação está contida no gesto artístico é a nossa capacidade de restabelecermos a arte no presente, de revivermos o tempo. Santo Agostinho abominava a arte não, decerto, por ela ser luxuriosa, porque nas Confissões os maiores pecados são abstractos, e nunca carnais. Mas a arte rouba a Deus - quase lhe rouba - o privilégio de estar além do tempo. E permite-nos algo que nenhum Deus jamais teve, a possibilidade de a todo o momento refazermos o passado, reconstruirmos outra história por sobre os traços da história que veneramos, ou desconhecemos, ou abominamos.
Talvez seja certo que sem serem provocadas pelo confronto com uma obra de arte muitas pessoas não ousariam lançar um olhar estético. Mas o que tenho a certeza é que, se a arte está tanto no objecto como na nossa visão, pela sua mera presença a arte faz de todos nós artistas. A partir do momento em que ela se oferece, a arte é roubada a quem o criou e navega nos olhares, ou ecoa nos tímpanos, de quem lhe assiste. E são estes muitos os seus verdadeiros criadores, ou os mais importantes, porque se houve um que lhe deu o pretexto da existência, os demais asseguram-lhe a perenidade. É nesta rede de olhares que o efémero vive e sobrevive, multiplicando o eco do seu tempo através de todos os outros tempos, igualmente circunstanciais e fugazes.
Desta maneira o homem, que constrói a história, confunde-lhe os traços erguendo, por cima, o jogo de espelhos da eternidade".
Um forte abraço, prof. Marta Lima